O Amor Entre a Pobreza e a Prosperidade #romance
O Amor Entre a Pobreza e a Prosperidade
Num pequeno vilarejo no interior de São Paulo, morava famílias pobres, simples e humildes, mas muito unida. Todos se conheciam e se ajudavam nas dificuldades.
Nessa vila havia um jovem muito inteligente e se destacava entre os demais jovens, todos se davam bem com ele.
Estamos falando do jovem João e devido suas invenções ficou conhecido na pequena vila.
Devido a falta de chuva os moradores precisavam apanhar água no alto do monte, o morro dificultava a vida de todos.
O pai de João era idoso e mesmo cansado não recusava sair de casa para buscar água para a família.
Certo dia ao acordar, João encontrou seu pai caído e morto no chão da cozinha.
A família sentiu a falta do pai, mas não podia fazer nada a não ser enterrar o corpo e guardar as boas lembranças deixado por ele.
Mesmo sentindo a falta do marido, a mãe de João ergueu a cabeça e disse:
-Filho vida que segue, vou apanhar água para nós dois.
Dia após dia a mãe de João se esforçava andando pelo caminho, subindo o morro para pegar água.
Vendo o cansaço e a idade da mãe, João resolveu ir com a mãe para apanhar água.
João era um jovem dedicado, determinado e inteligente e queria ajudar sua mãe.
Certo dia logo cedo João calçou o tênis velho e surrado pelo tempo e foi buscar água com sua mãe.
A subida do morro era cansativa e o caminho era estreito.
O sol lentamente ia despontando no alto do monte, mas algo chamava atenção de João.
Enquanto caminhava com a mãe, João percebeu que o mato estava molhado, então pensou: "Porque o mato está molhado se não chove?" (Mas guardou em segredo consigo).
No outro dia João viu que o mato e a grama estava molhado novamente.
No terceiro dia, João acordou mais cedo se arrumou e ficou esperando sua mãe para ir buscar água.
-Meu filho já está acordado? Ainda é cedo; (falou a mãe de João).
-É que eu quero ir apanhar água com a senhora e tirar algumas dúvidas pelo caminho mãe, (respondeu João).
Sem entender muito, a mãe de João disse: Tudo bem meu filho.
A caminho da fonte, João viu que o mato estava molhado, e que a fonte de água ainda estava longe, então perguntou:
-Mãe, porque a grama e as árvores estão molhadas se não chove? de onde vem essa água? (Perguntou João).
Meu filho moramos num vale cercado de montes com muitas árvores, todas as manhãs cai orvalho e formam pequenas camadas de água sobre o mato, mas logo sai o sol e desaparece o sereno, (falou a mãe de João).
Se eu pudesse pegar essa água no meio do caminho minha mãe não precisaria virar aqui, (falou João em voz baixa).
A mãe de João ouviu e disse: Meu filho isso é impossível.
João ficou calado, mas passou dias pensando em como juntar aquelas pequenas gotas de água formado pelo orvalho.
Então teve uma ideia: Se eu pegar um lençol e estender em quatro pontas de madeira fina, consigo armazenar água, depois é só passar para um balde e minha casa não vai precisar de água da fonte. (Pensou João).
- Mãe a senhora tem um lençol velho? (Falou João).
- Meu filho o que vai fazer com um lençol velho? (Respondeu a mãe de João).
- Vou guardar o orvalho pra nós mãe. (Falou João).
- Meu filho você continua com suas ideias de inventar as coisas. (Falou a mãe de João).
João começou a trabalhar, foi ao mato, cortou bambu de 1,0 metro cada, fez pontas e enfiou na terra.
No outro dia cedo, João acordou e viu que o lençol estava molhado.
Ele teve outra ideia, pegou duas escadas velha e pedaços de cipó do mato e uma lata de água, depois correu e chamou a mãe pra segurar as escadas.
- Meu filho o que está fazendo? Isso é perigoso? (Falou a mãe de João).
- Mãe se der certo o que eu estou pensando, a senhora não vai precisar pegar mais água naquele morro tão cansativo. (Respondeu João).
A mãe de João não estava entendendo nada, mas seguiu as orientações.
Enquanto a mãe de João segurava um lado da escada, João subiu pelo outro lado com o cipó e amarrou o topo da escada.
- Agora mãe, pega nas pontas do lenço que eu pego essas pontas aqui. A senhora fica em baixo e eu vou subir a escada. (Falou João).
- Agora mãe vamos torcer o lençol, mas torce de vagar para não perder o orvalho que está no lençol. (Falou João).
Cada vez que o lençol era torcido, descia água e caia no balde.
Naquela manhã João e sua mãe conseguiu encher um quarto de água na lata.
- Mãe preciso de mais três lençóis. (Falou João).
- Meu filho não temos, somos pobres, mas vou sair pela vila e pedir aos vizinhos. (Respondeu a mãe de João).
A mãe de João saiu e conseguiu mais três lençóis já usados e entregou ao filho João.
João armou os quatro lençóis, colocando dois na frente e dois a trás.
Os vizinhos ficaram curiosos, uns perguntava o que era aquilo, outros comentavam que João tem autismo, tem juízo fraco.
No outro dia João e sua mãe acordaram cedo, logo começaram a torcer os lençóis enchendo as latas com água.
Eles conseguiram encher uma lata com a água vinda do orvalho colhido pelos quatro lençóis.
A mãe de João estava contente com a ideia do filho, mas a preocupação tomava conta dela, pois sabia que a água não seria suficiente para todos.
- Mãe por que a senhora está tão preocupada? Agora a senhora vai menos vezes apanhar água, vai ter mais tempo e mais qualidade de vida. (Falou João).
- Meu filho a vila é pequena quando os moradores descobrirem que aqui tem água vai acabar nossa paz. (Respondeu a mãe de João).
João olha para seu projeto e começou a pensar como poderia ajudar a vila tão pobre e humilde.
Ele passou horas olhando seu projeto e pensando como poderia ajudar a levar água a todas as casas na pequena vila onde morava.
Uma nova ideia surgiu na cabeça de João, ele pensou: se eu pegar bambu e cortar em meia-cana depois emendar um ao outro, poderei trazer água até a vila.
João resolveu chamar os jovens da Vila e falou sobre seu plano para trazer água das montanhas até a vila, os jovens acharam interessante e acreditaram no projeto de João.
Com foice e facão nas mãos, João e os demais jovens foram ao bambuzal.
Poucos homens acreditaram no projeto de João, e se juntou ao grupo em busca de bambu.
xiu-xiu", representando o som agudo e breve emitido pelo movimento de facão e foice cortando o ar, o bambu caia de um lado, cipó caia de outro, e todos determinados a construir um canal que levaria água até a vila.
Os adultos cortavam bambu em meia-cana e cipós, os jovens carregavam as meia-cana de bambu e cipós até a vila descendo e subindo morro onde estava a fonte de água.
Os homens mais experientes fixaram estacas e montava bambus cortado ao meio formando uma meia-cana, outros amarravam bambu e cipó assim eles construíam uma enorme rede hidráulica.
A equipe trabalhava em harmonia e cantavam um brado de guerra (PESQUISAR).
De repente um silêncio tomou conta de todos, a concentração era total; a respiração e a diafragmática contraia a pulsação de cada um ali.
Chegou a hora de colocar a última meia-cana de bambu que ligaria a fonte de água até a vila trazendo águas a todos os moradores da vila.
João quieto e tenso pegou a meia-cana de bambu confiante e certo no resultado do seu projeto, primeiro encaixou uma ponta da meia-cana de bambu na rede, depois chamou mais um colega para ajudar a encaixar a outra ponta da meia de bambu na água. Agora lentamente baixaram a outra da meia-cana de bambu tocando na água.
Todos olhavam atentamente a quela cena. Quando a água começou a descer entre as cavas da meia-cana de bambu, todos começaram olhar a queda da água descendo entre as cavas da meia-cana de bambu até a pequena vila.
Em poucos minutos, João viu os moradores alegres apanhando água em abundância, também viu sua mãe feliz pegando água dentro da vila.
- João, seu projeto é magnífico, nunca passou em nossas cabeças algo semelhante. A distância sempre foi um desafio para todos nós, sempre que pensávamos em canalizar a água até a vila, havia discórdia e impedimento entre nós, queremos honrar te pela ideia em cortar bambu em meia-cana e canalizar a água até nossa vila. (Falou um dos moradores da vila).
Todos em pé aplaudia João pela ideia.
De repente o grupo viu que esqueceram de cavar um poço pra aparar a água.
Mas as mulheres que estavam ansiosas pela chegada da água já estava cada uma com suas latas apanhando água e levando para suas casas.
Um verdadeiro alvoroço de alegria tomou conta da pequena vila, uns gritava de alegria, outros aplaudia a ideia de João, a mãe de João levantou as mãos aos céus agradecendo a Deus pela vida de seu filho desejando toda sorte de bençãos.
Em quanto isso João olhava aquela cena, mas também olha a água sendo desperdiçada.
Então sentou no chão encolheu o corpo, encostou o queixo nos joelhos e com o rosto sério pensava tentando achar uma solução.
Uns diziam: Que ele tem?
- Porque ficou assim João? Você deveria estar alegre com o resultado do seu projeto (Falou um dos moradores da vila).
- Porque está triste filho? Algo de errado aconteceu? Você queria tanto que chegasse água em nossa vila e agora fica assim? (Falou a mãe de João).
- Como posso estar alegre mãe se estamos desperdiçando a água? Isso vai virar um lameiro e inundar a vila, preciso encontrar uma solução. (Respondeu João).
Houve silêncio, todos estavam pensativos e surpreso com a metodologia de João.
Eles concordaram com João, mas ninguém se atrevia dar sugestão.
De repente Ana uma garota de olhos castanhos pele morena cabelos longos e despenteado, com um vestido cinturado cor cacto sem estampas velho e algumas manchas, calçado um chinelo preto e gasto pelo tempo disse:
- João eu sei o que fazer! (Falou Ana).
Atenção de todos viraram para ver quem falava.
Os garotos cochichavam sussurrando uns com outros em voz baixa; é a Ana ela é uma garota muito bacana, o que será que ela vai dizer?
- Sabe mesmo Ana? (Perguntou João).
- Sim. (Respondeu Ana).
- Pede para os homens pegarem as ferramentas de cavar terra e nos esperar aqui, enquanto isso vamos até a nascente. (Falou Ana).
João deu ordens aos homens para providenciar suas ferramentas e deixassem afiadas até que retornasse.
- João pede aos garotos para auxiliarem os homens no que for preciso. (Falou Ana).
João desconfio de Ana, mas ficou calado.
Enquanto João e Ana subiam o morro até chegar a fonte das águas, Ana elogiava a atitude de João com sua boa vontade de ajudar sua mãe e a vila.
João agradeceu, mas logo mudou de assunto perguntando:
- Ana, o que devemos e como fazer para resolver o desperdício da água?
- João, primeiro precisamos tirar essa meia-cana de bambu cortando o acesso da água até a vila, depois devemos cavar um poço de 1,5 metros de largura com 10 metros de profundidade e a cada trinta minutos vai trocando os que estão furando o poço, assim teremos água todos os dias para todos os moradores da vila. (Falou Ana).
Por um instante, João com os braços cruzados olhava dentro da pupila dos olhos de Ana e admirou sua inteligência.
Nesse instante Ana aproveitou para apreciar a beleza de João, e também olhava dentro da pupila dos olhos de João. Ana estava ficando sem forças e queria desmaiar nos braços de João, mas manteve a postura de uma moça conservadora.
Sua consciência retornou quando João disse:
- Tem razão Ana, é isso mesmo, me ajuda a tirar essa meia-cana de bambu. (Respondeu João).
Com um pouco de esforço, os dois conseguiram deslocar a meia-cana de bambu cortando o acesso da água.
Os dois voltaram rápido para a vila.
- Ok, isso mesmo, a água parou. Pessoal vamos nos organizar aqui, os homens mais fortes vão cavar um poço de 1,5 metros de largura com 10 metros de profundidade, mas atenção a cada trinta minutos vamos reversando para não cansa tanto. (Falou João).
- Os mais jovens vão puxando a terra da beira do poço. (Falou Ana).
Ninguém tinha tempo para suspeitar nada de Ana para com João, pois todos queriam ver a água na vila.
Enquanto a equipe furava o poço, as mulheres continuavam a subindo e descendo o morro para apanhar água.
Ana acreditando ter cumprido sua missão voltou para casa.
João silenciosamente conferia o serviço da equipe, mas dentro dele havia uma guerra intensa, sua mente conversava com o subconsciente: "Porque Ana olhava para mim lá na fonte de água? Será que ela está apaixonada por mim?
Enquanto isso, Ana em sua casa também pensava: Será que João gosta de mim? lá na fonte das águas ele olhou dentro dos meus olhos, seu olhar era irresistível, a vontade era de desmaiar nos braços dele, mas precisei me conter honrando meu nome, minha reputação feminina, honrando meus pais e acima de tudo honrar a Deus.
Em dois dias a equipe havia terminado de furar o poço.
- Vou chamar Ana para vistoriar e aprovar o poço. (Falou João).
- João, você é capaz de aprovar, faça as especificações você mesmo. (Falou um dos perfuradores do poço).
- Aprendi que na vida devemos dar a cada um o que lhe é devido, “se imposto, imposto; se tributo, tributo; se temor, temor; se honra, honra¹”, Ana deu a ideia de cavar o poço, é justo chama lá para aprovar o serviço. (Falou João).
- Ana, é o João. (Falou João em alta voz a porta da casa).
Quando Ana ouviu João, ficou emocionada, e logo correu para atendê-lo.
- Oi João! bom dia, tudo bem? Em que posso ajudar logo cedo? (Respondeu Ana).
- Nossa equipe já terminou de furar o poço, quero dar-te a honra para aprovar o serviço, por gentileza pode ir verificar. (Falou João).
- ficou agradecida por honrar nesse negócio, mas sou apenas uma garota João, nunca especifiquei poço, papai era muito bom nisso, as vezes eu ficava olhando-os cavar poços e avaliar as perfurações. (Respondeu Ana).
João interrompeu Ana e disse:
- Ana se puder ir agora, vamos conversando pelo caminho quero saber mais sobre o seu pai. (Falou João).
- Claro vamos sim será um prazer (Respondeu Ana).
Ana estava convencida que seu amor por João aumentava ainda mais e estar ao lado dele era tudo que ela queria.
- Ana conte mais sobre seu pai e o serviço de furar poços. (Falou João).
- Morávamos na capital da cidade e devido o serviço de papai éramos muito conhecidos na cidade, também tínhamos uma vida farta. Mas um dia cavando um dos poços, a terra desabou sobre papai e ele morreu soterrado, ninguém conseguiu salvar papai a tempo. Não tínhamos seguro de vida, então veio as dificuldades, nesse tempo eu era pequena e não tinha muito o que ajuda lá. (Respondeu Ana com voz embargada).
- Então foi por isso que você não quis acompanhar a equipe? (Falou João).
- Sim. Sabe João, após a morte de papai nós perdemos tudo e ficamos pobres, mamãe não tinha ânimo, ação nem motivos para continuar vivendo, então viemos morar nessa vila simples e humilde, para mamãe é como se o passado não morresse e o presente não existisse para que o nosso futuro fosse feliz. (Respondeu Ana com semblante triste e caído).
Não dava tempo João argumentar nada pois eles estavam a poucos metros do poço furado pelos colegas, mas o coração de João apertava com as palavras de Ana, então respirou fundo e disse:
- Ana depois continuaremos nossa conversa, estamos próximo do poço e os colegas estão lá. (Falou João).
Ana entendeu que teria outra oportunidade de conversar com João, então conteve em seu coração.
Ao chegar diante da equipe, houve apertos de mãos.
- E aí pessoal bom dia tudo bem com vocês? Como falei, trouxe a Ana para avaliar o trabalho e o esforço de todos. (Falou João).
Ana fez um sorriso forçado, mas no íntimo ela sabia que não tinha técnicas formais para aprovar o serviço, mas sabia que era possível usar experiências empírica que aprendera com seu pai, então Ana aprovou o serviço da equipe de João na pequena Vila.
- José e Manoel, por gentileza, vão até a fonte para religar a meia-cana de bambu. (Falou João).
Não demorou muito e logo a água apareceu correndo dentro da meia=cana de bambu caindo no centro do poço.
Novamente a alegria tomou conta dos corações das mulheres e dos homens, dos jovens, adolescentes e crianças.
Era emocionante ver os idosos com o rosto Alegre e as mãos levantadas ao alto.
A felicidade era total, uma grande festa com danças ao redor do poço foi crescendo e aclamava o nome de João e Ana.
Ana muito alegre não excitou se juntar ao povo e dançar.
João era mais sério, embora a multidão tenha tirado um sorriso dele, lentamente foi se distanciando da emocionante comemoração em volta do poço.
João caminhou em direção a meia-cana de bambu, a cada passo uma reflexão vinha sobre seu pensamento, os momentos que seu pai ia buscar água, os momentos que sua mãe subia o morro com dificuldades para buscava água e cuidar da família, agora o sofrimento chegou ao fim.
João chegará no alto do monte, parou em frente a fonte de água limpa e cristalina, o sol brilhava refletindo raios na água, a água em leve movimento brilhava diante dos olhos de João, então lembrou-se das palavras de Salomão: “Tudo quanto te vier a mão para fazer, fazer conforme as tuas forças, porque na sepultura, para onde tu vais, não há obra nem projeto, nem conhecimento, nem sabedoria alguma²”.
De repente:
- João, está tudo bem com você? Alguma coisa deu errado na canalização da água? Me distrai no meio da multidão, até que de repente senti sua falta. Fiquei preocupada e sai a sua procura. (Falou Ana).
Com os olhos fico na fonte de água, respondeu João:
- “Vi que não há nada melhor para o homem do que se alegrar com as suas obras; porque essa é a sua alegria; pois quem o trará de volta para ver o que será depois dele? ³”.
- Durante anos papai vinha buscar água aqui, até que um dia logo cedo não teve mais forças, caiu e morreu dentro de casa. Mamãe cada dia tinha dificuldades para subir o morro e apanhar águas, mas era uma mulher trabalhadeira e corajosa. Após a morte de papai, ela disse: "meu filho vida que segue." Mesmo sabendo que beneficiaria toda a nossa vila, fiz esse sacrifício pela vida da minha mãe, para que ela tenha mais tempo de cuidar de sua vida, saúde e família.
- Ana, cedo quando lhe chamei para vir avaliar o poço, você contou uma história muito triste sobre a morte do seu pai e o sofrimento da sua mãe, sabe, aqui nessa vila todos somos pobres, com vida sofrida e cada um tem uma história pra contar.
- Temos aqui muitas pessoas talentosas, capazes de mudar a história, mas eles não recebem ânimo, ninguém se interessa em ajudar, então essas pessoas se acomodam e ficam satisfeito com a vida que tem.
- Ana, você me motivou a cavar o poço e cativou meu coração. Aquele dia que disse pra cavar o poço, fui pra casa e pensei muito em nós dois, penso que meu coração ficou apegado ao seu. Eu não quis demonstrar, mas nesse momento pergunto a você, quer casar comigo? Juntos podemos unir forças e ajudar nossas mães e nossa vila.
Ao ouvir as palavras de João, Ana não se envergonhou pela timidez, logo as bochechas ficaram avermelhadas, seu olhar desviava para baixo, os músculos do rosto ficaram tensos.
Sem palavras, Ana abraçou fortemente João, descansando a cabeça sobre o peito musculoso de João e sussurrou bem baixinho:
- Esperei muito por esse dia, uma ansiedade queria sufocar meu coração, percebendo que você não estava mais no meio da alegria entre o povo, pensei que não haveria mais chances de me aproximar intimamente de você. (Respondeu Ana).
Ana aceitou o convite de João, tudo que ela queria era ser amada e feliz, ter alguém ao seu lado o resto da vida, mesmo sabendo que era pobre, queria João ao seu lado e amá-lo todos os dias.
Ana disse:
- Mesmo sabendo que não temos nada, você está disposto a ir em minha casa e pedir minha mãe para que eu case com você?
João atraído por Ana, acenou com a cabeça em confirmação e após alguns segundos disse:
- Sim estou!
Ana, feliz com a resposta de João, em um gesto de carinho e atração, lentamente aproximou do rosto dele e o beijou levemente.
Passado doze meses, embora a pobreza e a simplicidade era comum entre João e Ana, e ambos ainda jovens, corajosamente se encontram no altar da igreja casando para viverem felizes um ao lado do outro.
Após a cerimônia de casamento no altar, os dois jovens muito inteligentes, entraram numa humilde casa de sapé construída juntos com os amigos da Vila, aqueles amigos que ajudaram a construir a canalização da água e do poço.
Aquela noite foi a noite mais feliz para o casal jovem, agora Ana era uma mulher realizada.
Depois de uma noite longa entre si, o sono lentamente se aproximava de Ana, mas antes do sono ela citou as seguintes palavras para João:
- Eu sou do meu Amado, e o meu amado é meu, formoso és meu amor, desvia de mim os teus olhos para que eu durma. (Falou Ana tomada pelo sono).
João falou as últimas palavras para que ela dormisse tranquilamente:
- Quem é esta que aparece como a alva do dia, formosa como a lua, brilhante como o sol?
Antes de dormir, João abraçou Ana trazendo-a aos seus ombros e disse:
- Durma, durma amada minha para que amanhã eu te veja mais feliz.
A cada dia o amor entre João e Ana aumentava e fortalecia o casal incondicionalmente.
A vila era pequena e isso facilitava João e Ana cuidar das mães todos os dias.
Juntos, João e Ana empreenderam um grande projeto beneficente aos moradores da pobre vila, surgi a irrigação por gotejamento.
João incentivava os adultos plantar, colher e vender.
Ana incentivava os mais jovens na abertura de comércio para venda de alimentos e importação de fertilizantes para lavoura.
Em pouco tempo a aquela simples vila passou a ter destaque na cidade.
O nome de João e Ana passou a ser destaque nos jornais da cidade, a medida que João e Ana prosperava, a cidade ia crescendo economicamente.
-Ana, faz tempo que não vamos a fonte, vamos lá? (Falou João).
-Sim, meu amor, vamos. (Respondeu Ana).
- “O Senhor teu Deus te exaltará sobre todas as nações da terra. E todas estas bênçãos virão sobre ti e te alcançarão, quando ouvires a voz do Senhor teu Deus: Bendito serás na cidade, e bendito serás no campo. Bendito o fruto do teu ventre, e o fruto da tua terra, e o fruto dos teus animais; e as crias das tuas vacas e das tuas ovelhas. Bendito o teu cesto e a tua amassadeira. Bendito serás ao entrares, e bendito serás ao saíres⁴”. (João e Ana)
Assim João e Ana abençoou a pequena vila.
Referencias
Romanos 14.7¹
Provérbios 10.9²
Eclesiastes 3.22³
Usou partes do textos de Cantares⁴
Cópia autorizada desde que citado o nome do autor
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